Olá Dado,
Grato pela oportunidade em esclarecer a regra.
Sim, um dos conceitos do SMP2 é o peso/potencia.
Mas apesar de ser um dos fortes conceitos este não é o único, mas sim um entre os vários fatores e conceitos utilizados para cálculo como: armação, fator aerodinâmico, arraste, tipos de quilha, mastreação, etc.
Imagino que a comparação a que você se refere seja entre um Angra21 e um Skipper21.
Selecionei um Skipper21 aleatoriamente e o Angra para efeitos comparativos.
Para cálculo do peso/potencia considera-se o peso, a área vélica total e aerodinâmica.
O Skipper selecionado tem pouco mais de 6% de área vélica um diferencial de peso de 401 Kg e uma potencia de 1,0377 enquanto o Angra 1,0470 ou seja uma diferença 0,0093, ou ainda 0,89 % a mais que o primeiro.
O que isso significa?
Que o barco que possui potência superior irá responder mais rápido as variações de vento de acordo com o diferencial de sua potência, mas entrará em “overpower” primeiro na mesma proporção.
Então um diferencial de pouco mais de 1% a que você se refere diz respeito a outros fatores analisados. Ou escrevendo de outra forma, se fossemos analisar apenas sob o ponto de vista do peso/potencia a diferença seria de 0,89%.
O SMP2 não limita a área vélica.
Com isso muitos imaginam que aumentando a área vélica teriam uma fictícia vantagem.
Em Brasília não foi diferente. Muitos comandantes tiveram esta ilusão e aumentaram suas velas para depois de vários insucessos reduzirem o plano vélico buscando o equilíbrio do barco.
Muitos me perguntam qual é o segredo para melhorar o desempenho:
O segredo é ter o barco armado de acordo com as condições de vento e mar que voce irá velejar e uma tripulação treinada e competente a bordo.
Agradeço pela pergunta e espero ter ajudado a respondê-la.
Certamente outros companheiros nos ajudarão.
Bons ventos.
Mauricio.